Alex Flemming 70 anos | Museu Oscar Niemeyer

Alex Flemming 70 anos | Museu Oscar Niemeyer

A mostra “Alex Flemming 70 Anos”, concebida para o Museu Oscar Niemeyer (MON) em Curitiba, reúne a recorrência do retrato em sua vasta produção, nesta exposição comemorativa dos 70 anos do artista. Historicamente, ao longo dos séculos, o gênero do retrato evoluiu de uma representação fiel da aparência física para uma exploração profunda da identidade e da subjetividade do retratado. O retrato contemporâneo, como pode ser visto nesta mostra, explora frequentemente a identidade de maneiras complexas, abordando questões de gênero, raça, sexualidade, classe social e cultura. Deixou de ser uma simples representação da aparência externa para se tornar uma investigação profunda das complexidades da identidade humana – um espelho da sociedade –, refletindo suas tensões, transformações e diversidades. Por meio de técnicas inovadoras e abordagens conceituais, como as presentes no universo de Alex Flemming, tem-se a expansão dos limites do retrato e do retratado, desafiando o espectador a reconsiderar suas percepções sobre o artista, sobre si mesmo e sobre os outros.

Atento ao seu entorno e munido de sua câmera fotográfica, Alex Flemming fez de seu cotidiano sua obra final e nos premia com contextos introspectivos. Apresentamos nesta exposição trabalhos realizados de 1982 a 2023, que enfatizam quão consequente o artista é em sua concepção, criação e propagação de seu legado cultural. Os retratos em si, com técnicas e suportes distintos, revelam não somente a representação formal, mas principalmente a criação de uma obra diversificada e experimental, a qual abrange pintura, instalação, fotografia e gravura.

O tema “Retrato” foi intencionalmente selecionado para esta mostra comemorativa porque a representação humana é o eixo fundamental e seminal da pesquisa plástica de Alex Flemming. Para ele, a existência humana está intrínseca e lapidarmente conectada aos conceitos de Eros e Tânatos, originários da psicanálise freudiana, que representam, respectivamente, as forças da vida e da morte. Essas forças, quando aplicadas à interpretação de retratos na arte contemporânea, podem fornecer um compêndio para a representação das tensões entre destruição e criação, morte e vida, dor e prazer. O retrato, nesse contexto, torna-se um meio para investigar essas dualidades fundamentais de nossa condição humana. Eis o ciclo de vida que Alex Flemming compartilha conosco por ocasião de seus 70 anos: arte e fascinação!

Tereza de Arruda, curadora

Alex Flemming – Retrato, 1996
Esmalte

Alex Flemming – Série Cabeças, 1989
Óleo sobre tela

A exposição inédita “Alex Flemming 70 Anos”, a mais nova realização do Museu Oscar Niemeyer (MON), foi inaugurada no dia 29/8/2024, na Sala 3. Com curadoria de Tereza de Arruda, a mostra reúne mais de 80 obras, algumas de grande dimensão, desse artista brasileiro reconhecido internacionalmente e que vive há décadas entre a Alemanha e o Brasil.

Na exposição estão trabalhos realizados de 1982 a 2023. As obras, impregnadas de símbolos e mensagens, convidam o espectador a extrapolar o senso comum. São camadas que ganham significado próprio a partir do olhar singular de cada visitante.

Por meio de técnicas inovadoras e abordagens conceituais, como as presentes no universo de Alex Flemming, tem-se a expansão dos limites do retrato e do retratado, desafiando o espectador a reconsiderar suas percepções sobre o artista, sobre si mesmo e sobre os outros.

A exposição reúne em suas obras técnicas variadas, como fotografia sobre vidro, óleo sobre tela, esmalte sobre madeira, acrílica sobre tecido e pintura sobre porcelana.

O tema “Retrato” foi intencionalmente selecionado para esta mostra comemorativa porque a representação humana é o eixo fundamental e seminal da pesquisa plástica de Alex Flemming. Segundo a curadoria, a mostra apresenta a recorrência do retrato em sua vasta produção.

‘‘Historicamente, ao longo dos séculos, o gênero do retrato evoluiu de uma representação fiel da aparência física para uma exploração profunda da identidade e da subjetividade do retratado”, explica Tereza de Arruda.

‘‘O retrato contemporâneo, como pode ser visto nesta mostra, explora frequentemente a identidade de maneiras complexas, abordando questões de gênero, raça, sexualidade, classe social e cultura”.

Segundo a curadora, ‘‘deixou de ser uma simples representação da aparência externa para se tornar uma investigação profunda das complexidades da identidade humana – um espelho da sociedade –, refletindo suas tensões, transformações e diversidades”.

Alex Flemming – Série Sumaré, 1998
Impressão fotográfica sobre vidro temperado

Alex Flemming – Série Bodybuilder, 2001
Foto e acrílica sobre PVC

Alex Flemming – Série Alturas, 1995
Acrílica sobre tela

Alex Flemming – Sem título, 2016
Tinta cerâmica sobre vidro com base de concreto adjunta

Alex FlemmingAutorretrato (Malas), 2000
Acrílica sobre superfície não convencional – mala

Alex FlemmingRetrato do Comandante Flemming, meu Pai, 2004
Acrílica sobre tela

Alex Flemming – Farewell, 2014
Óleo sobre tela

Fonte do texto: Museu Oscar Niemeyer
Fotos: Gilson Camargo